segunda-feira, 22 de março de 2010

mudanças


Depois de um tempo, as coisas começam a se encaixar, a se desembaralhar aos poucos, a gente vai catando os pedaços que se espatifaram no caminho, tudo começam a querer fazer algum sentido.
Eu não te amo, eu amo o que eu achava que você era, eu amo o nosso falecido “amor” , eu não amo essa pessoa que eu falo hoje, ela só tem o mesmo físico, a mesma voz, a mesma risada, o mesmo cheiro, mas dentro, eu nem sei quem é.Você me parece um desconhecido, as vezes eu olho pra você e esqueço que você era quem costuma a ser pra mim.Não sinto a sua falta, sinto falta por quem eu me apaixonei, por aquela pessoa que me mandava sms a qualquer hora do dia, da tarde, da noite, até mesmo da madrugada falando: “eu te amo”, “que saudades de você”...tenho falta de conversar horas e horas abraçada na cama com você, falando simplesmente da vida, tenho saudades de não ter medo , de não ter motivos e de conseguir não te odiar por mais de 30 minutos.
Sinto a falta de poder encontrar desculpas para te perdoar por todos os teus erros, mas acabaram-se as desculpas e só vieram as lágrimas, as decepções e o rancor.
Aos poucos eu sinto que vão começando a ficar turvas as lembranças bonitas, os risos, os abraços, os beijos, o amor, a alegria, o cheiro, aquela sensação boa de “como é bom estar com você”. Acho que estou perdendo o carinho que eu sentia.

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