segunda-feira, 18 de julho de 2011

Inesperados


Você chegou de um jeito tão inesperado, não disse, não mandou carta, não telefonou, sem qualquer aviso e sem que se percebesse, tomou conta de um espaço que se chama “seu”.
Quem diria eu + você, juntos não? Quem diria tantas coisas? É o mistério da vida mais uma vez me provando que eu não controlo nada.
Que irônico a vida me mostrar que não existia vida somente em um céu meramente azul, o sol também poderia me surpreender e eu que nunca havia prestado atenção nele, as manhãs parecem fazer mais sentido depois que eu notei que eu poderia me apaixonar por outros detalhes.
Me mantive cega por uma beleza de um céu que se ia a cada noite, até que um dia parou de vir e foi embora de vez, sem atender qualquer solicitação de volta.Queria dizer tanto, tanto e não pude dizer nada, achei que não conseguiria superar essa perda, até que os detalhes em volta me fizeram notar que existia muito mais do que eu via ou do que eu queria ver.
Você reclama do meu humor, da minha frieza, da minha possível falta de preocupação, da minha implicância... Mas não enxerga que tudo isso é só uma armadura, é um sentimento muito bem disfarçado e que você sabe que embaixo de uma neve, existe um coração.

Sinto falta de conviver diariamente com o dourado do sol em meus cabelos, lugares e músicas me lembrar o quanto os efeitos solares estão presentes em mim. A ausência não é sinônimo de esquecimento e a saudade é uma presença, que demora pra ir embora ou talvez nunca se vá, pontadas no plexo solar, mas está tudo bem.

Ps:. Continuo descartando os dias.

Nenhum comentário: