quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Não.


Não sei, não sinto, não vejo, não toco, não lembro.
O esquecimento é a forma mais rápida de superação.Não sei quem deixou o mundo tão frio assim , só sei que já me acustumei a não sentir mais calor.Pessoas são meros figurantes, sem importância maior do que serem usadas para satisfazer um “cenário”.
A cada dia que passa eu consigo levar menos a sério a maioria das pessoas.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Perdas



Perdi tantas coisas pelo caminho, deixei, deixaram, quebraram, perderam...
Algumas doeram menos, mas nunca deixaram de ser perdas. Sinto falta de não ter medo desse sentimento, porque eu sabia que não teria que sentir nunca, porque nunca tive motivos pra sentir, mas esse ano, perdi muitas coisas, pessoas, afetos, amor, respeitos, confiança, perdi a saudade em tanta coisa, por saber que elas nunca mais voltariam.
Não queria deixar ir, mas arrancaram, partiram, levaram... Não me pediram permissão, eu não tava preparada, as coisas não estavam. Tudo mudou de lugar, tanta bagunça, confusão, coisas que nunca entenderemos, talvez jamais entenderemos, mas que as vezes arranhão o coração em noites frias.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

conformismo


Tento entender porque eu tinha tanto medo, onde era que eu havia esquecido de mim?
Eu deveria ter aceitado tantas vezes o final, nunca aceitava isso me prendia muito mais a algo que talvez não fosse pra mim. Até que novamente o fim chegou e caiu a ficha que ter medo é o que nunca fez isso passar, lógico que amar contava também, mas se conformar com as coisas faz elas serem mais facilmente superadas.
Perder pessoas é tão triste que a gente acaba por mais que não estando com elas, se prendendo, se aturando, se apegando, de alguma forma, quando as vezes isso pode ser uma forma de tortura que a gente não enxerga.
Ter medo que o outro não te ame mais, não te ligue, não se preocupe, esteja com outras mil pessoas, medo até da própria saudade que aperta forte em alguns dias. Quando pela primeira vez eu me permitir não sentir isso, me senti mais leve. Lógico que é impossível não ter medo de nada, mas pela primeira vez eu não tenho medo do fim, as coisas acabam um dia, eu já sabia disso e nós somos tão frágeis, que eu não sei como durou por tanto tempo. Talvez seja a hora da partida, Adeus, pela última vez você foi o meu amor!

terça-feira, 2 de novembro de 2010

como se deve ser.







Nada dói tanto quanto da primeira vez, a dor, a perda, o silêncio, a falta... Tudo é muito mais facilmente contornável depois que já se é repetitivo. Quis muito mandar na vida por tantas vezes, não me toquei que destino é algo que não se anula.
A gente sempre pensa que não vai conseguir superar as coisas que doem muito na gente , quando na verdade, se tem tanta coisa pra viver ainda, somos tão novos, muito coisa pela frente, amores, dores, obstáculos. O coração fica calejado em cada queda, tudo começa a doer menos, a cura das feridas é mais rápida.
A gente vai ficando mais decidido, quanto mais às coisas vão acontecendo, quanto mais dificuldades se superam ou se enfrentam, o medo de deixar as coisas para trás vai passando, começar a suportar a ausência não é mais algo que te faz mal e sim algo que te estimula a continuar uma caminhada para o esquecimento.
Aprendi que, nem toda distância é ausência, assim como nem todo silêncio é esquecimento, mas que se deve seguir em frente por mais impossível que possa ser a caminhada e que nada pode abalar esse caminho.
Se conformar, é a forma mais rápida de absorver o que foi perdido, não se deve perguntar o porquê das coisas, tudo acontece por algum motivo e nem sempre eles tem um sentido para nós naquele momento. Ignorar os fatos, não insistir no que foi arruinado, é a forma mais rápida de se chegar ao ponto final.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

sem jeito?


É triste quando a gente acha o amor, mas, ele não te ouve, nem te vê, não acontece.

O amor só deveria ser possível quando duas pessoas estão dispostas a se amar, né? Tenho vontade de perguntar bem baixinho pra Deus, porque que ele fez o amor assim. Será que ele me responde?
Alias, tenho vontade de perguntar bem baixinho de você também não gosta nenhum pouquinho mais de mim?Mas tenho medo de escutar o que não vão agradar meus ouvidos e também tenho medo de escutar coisas que vão me agradar, mas que no fim das contas, eu sei que vou me ferir de novo, porque a gente é esse indefinido, sem meio termo, sem início, sem fim, esse quebra cabeça todo embaralhado, sem sossego, sem paz...
O que nunca eu consigo segurar por muito tempo nas minhas próprias mãos, sempre foge de mim, aquilo que pra sempre vai me magoar mesmo me amando.

Esquece, esquece, esquece ( repete 3 vezes)

domingo, 25 de julho de 2010

O que nunca chegou a ser ( alguém que não sou eu)


Engraçado, eu cheguei no momento em que eu não pensava mais no que te falar, mas, a que horas te falar! De manhã cedo com hálitos adormecidos e mergulhados em café, querendo imitar as novelas mocinho-mocinha? Quase perto da hora do almoço com cabeças cheias e barrigas vazias? Não! Mas, definitivamente, eu também não queria que fosse depois do almoço, porque eu queria uma hora em que eu tivesse certeza que estarias limpo...depois do almoço é complicado, eu queria falar tudo que eu sinto e ver que cara farias, talvez eu soubesse o que estarias a pensar em tal hora... e eu digo que depois do almoço é complicado porque Deus me livre que eu tivesse que ficar em dúvida se a tua cara de azia era de azia, mesmo, ou de uma surpresa não bem-vinda.
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Seguinte, eu sempre confundo o 4 com o 7, então, há 4 ou 7 meses eu fiz esse primeiro parágrafo ali. Eu confundo o 4 e o 7 com o 1, também... não são parecidos? 4, 7 e 1! Mas, enfim... tenho certeza que não foi há um mês. Há um mês eu comecei a querer esquecer do que se tratava o primeiro parágrafo. De certa forma, eu esqueci, obrigada!
Ó, daí, eu comecei a querer dizer algumas coisas como: "Filho da puta, tudo teu será apagado e que se foda meu amigo dizendo que eu deveria te tratar com 'você' porque 'tu' era brega demais... não mereces que eu fique em dúvida com pronomes de tratamento" seguido de "Mas, que merda eu tô dizendo? FODA-SE!"(é... em "Caps Lock"). Eu disse que, de certa forma, eu esqueci... então, eu não sei mais dizer se tudo passou muito devagar ou se foi rápido demais, mas, eu vomitei muitas vezes. Eu sei que isso não faz muito sentido no final dessa frase, mas, não sei, eu lembrei que eu vomitei...e vomitei muitas vezes, mesmo! Se eu tava te botando pra fora (ou era a vodka) eu não sei, mas, isso meio que melhorou a sensação das minhas madrugadas até que o sono me absorvesse. Desde então, tem esses dias que eu não sei o que aconteceu, esses dias vazios que eu tenho a impressão de terem me dado nada porque, alguns dias eu acordei e PUFT, eu não lembro. Se eu bebi? Eu nem bebi todas as noites! Se algumas vezes eu dormi 3 dias seguidos pensando ser 1? Talvez, eu não lembro! Mas, eu meio que estava querendo acreditar que meu cérebro apagou alguns dias... o corpo tem que pensar por nós quando não sobra nada de racional do "nós". Eu queria, mesmo, acreditar nisso, de modo que se não for nada do que pensei, talvez eu esteja evitando lembrar de alguns dias... e se eu faço isso, não quero descobrir o que eu fiz de mim nesses tais dias vazios dos quais eu não tive nada (ou tive).
É, e recentemente eu pensei em como eu pude não pensar antes que tu nunca terias me conhecido o suficiente, no que isso se encaixa com o "mais recentemente" que eu tenho, e eu vejo que tu confundiste a música com uma pessoa que não sou eu quando disseste "fiquei o dia inteiro ouvindo e pensando que gostarias"... guri, a música falava de uma casa pequena e crianças sendo chamadas para o jantar. Casa pequena? Essa não é minha história, não foi a minha história nem nos meus dias mais idealizadamente desgraçados. É história de outra pessoa que não eu e, então, como eu gostaria da música? Não acertaste a música, mas, já não vinhas acertando há tempos, tu sabes. Eu também, desde a primeira vez.
E o que falo agora? Sim, a minha história é que querendo esquecer do que se tratava o primeiro parágrafo, tendo meu cérebro apagado outros dias e havendo esses erros da parte de lá e da parte de cá que me deixaram aqui e assim, eu sinto que eu fiquei perdida. Talvez porque eu tive que parar de pensar em dias com flores brancas, parar de dormir com as mãos nesse meu oeste que por muitos dias não foi meu, que talvez não seja, e tive que me agarrar quase que religiosamente a um texto de Caio Fernando Abreu no intuito de me fazer levantar no dia seguinte. Eu tive que me enganar, mas, o que doeu mais foi o fato de eu já há muito tempo estar me enganando e tu sendo cúmplice dessa... coisa. Eu tenho que dizer que eu meio que estou numa fase de reabilitação dessa mania morena que eu tive, e no lugar de flores brancas, eu olhei para as muito brancas; no lugar de camisa verde, eu mudei uns tons e apostei em absinto... de repente, os cabelos escuros eram amarelo-sol que jogava com o céu verde que eu não sabia se do efeito do absinto ou da fada deitada daquele lado... o esquerdo (talvez fosse efeito do absinto). La fée verte: com absinto ou não, a história desse final é que as que tem o sol na cabeça e não na pele podem não ser tão ruins. Definitivamente, não foi ruim. E aliás, o primeiro parágrafo..eu aposto em 7 meses. Tempo demais.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Chuva...


Essa chuva me inspira ultimamente, ver essas gotas caindo pela janela, me dão uma sensação de nostalgia enorme. Esse barulhinho da chuva que ao mesmo tempo em que é aconchegante é também meio enlouquecedor. Chuva dá uma idéia de vazio dentro da gente, por isso que a gente gosta de ficar abraçado com alguém ou debaixo de uma coberta, pra se sentir mais seguro.
Não tenho medo da chuva, tenho medo do que ela trás quando ela vai embora, a sensação de pós-chuva às vezes é pior que quando ela cai às vezes o mundo parece mais vazio quando ela vai embora, tudo fica mais frio, as pessoas ficam mais estranhas depois de uma chuva.
Acho que a minha vida esta se resumindo agora em uma pós-chuva, ando estranha, fria, mas não me sinto mal não, só me sinto diferente e com menos coração. Não sei se isso é bom ou ruim, mas não sentir dor é relaxante, dor dói muito, sabe, quando as coisas param de doer é quando a gente se acostuma com a dor ou quando as coisas passaram, seja lá qual delas for eu ando agradecendo a Deus por não fazer mais eu sentir essa pontada chata, que incomoda um bocado.
Tenho que dizer que foram dias, meses, longos de chuva, alguns cheios de trovoadas, céu tava realmente escuro, achei que ele fosse cair. Que bom que estamos todos vivos, né , senhores? Vamos todos colocar nossas melhores roupas e sair de casa, porque se cair outra chuva pelo menos estaremos com uma boa aparência. Mas acho que agora vem Sol por ai...